A gravidez é um período mágico na vida da mulher. A maioria delas sonha com este momento pois ele é cheio de expectativas e novidades.
Apesar de ser muito especial, essa fase vem acompanhada de mudanças no sistema muscular, esquelético, circulatório, respiratório e digestório, tais como: mudanças nas curvaturas da coluna, alteração da postura, abertura dos ossos da pelve, frouxidão dos ligamentos, sobrecarga dos músculos do assoalho pélvico, comprometimento do equilíbrio e da percepção corporal, aumento do volume de linfático, lentidão intestinal e a respiração fica superficial.
Essas transformações geram limitações e desconfortos, sendo os mais comuns: dor nas costas, dor na sacroilíaca, dor na sínfise púbica, falta de ar, prisão de ventre, perdas involuntárias de urinária, inchaço e falta de equilíbrio.
Para lidar com essas mudanças a gestante conta com a fisioterapia que ajuda a futura mamãe a ter uma melhor qualidade de vida e bem-estar.
A fisioterapia atua na fase gestacional e no pós-parto imediato, tardio e remoto.
Na fase gestacional, a fisioterapia tem o objetivo de melhorar a condição dos músculos relacionados à postura, melhorar a circulação , preparar para o parto (para quem pretende o parto normal), prevenir ou tratar as dores e descontos, fortalecer o assoalho pélvico (independente do tipo de parto pretendido), melhorar o equilíbrio, prevenir limitações e incapacidades, melhorar a percepção corporal e condicionar o corpo da mamãe para os cuidados com o bebê.
Na fase de pós-parto ou puerpério imediato (1o ao 10o dia) e tardio (11º ao 45º dia) o tratamento tem como objetivo prevenir complicações, restabelecer o padrão respiratório, estimular a circulação com o intuito de diminuir o edema e prevenir trombose e estimular os movimentos peristálticos do intestino.
No puerpério remoto (a partir do 45º dia) o objetivo é promover uma reeducação dos músculos abdominais e do assoalho pélvico, fortalecer o assoalho pélvico, aliviar a dor e ganhar mobilidade da incisão da cesárea ou da episiotomia, orientar quanto ao posicionamento (no leito, para amamentar, para trocar o bebê, para dar banho) e, assim, restabelecer os músculos posturais e que envolvem a pelve, tratar a diástase, evitar/prevenir dores nas costas, fortalecer os membros superiores e proporcionar uma recuperação mais rápida no pós-parto.
Autora: Dra. Sarah de Castro Duarte Reis, fisioterapeuta formada em 2007 e pós-graduada em Saúde da Mulher em 2008. Atua na área de Obstetrícia desde 2007.